



Grupo Prole apresenta Boca de Ouro de Nelson Rodrigues
no Espaço da Companhia da Revista
FIavia Pucci, conhecida intérprete de personagens rodriguianos,
dirige montagem do grupo de peça que revela as facetas de um temido assassino,
em entrevista dada por sua ex-amante a jornalista.
A Cia da Revista recebe para breve temporada a montagem do Grupo Prole de Teatro da peça de Nelson Rodrigues “Boca de Ouro”, com direção de Flavia Pucci. A peça fica em cartaz de 12 de novembro a 11 de dezembro de 2015, com apresentações às quintas e sextas às 21h no Espaço da Cia da Revista, na Alameda Northman,1135 (Santa Cecília). Os ingressos custam R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia), e podem ser adquiridos na portaria do teatro ou pela internet, em www.ingressorapido.com.br.
A montagem tem como referência o universo da arte naif e os antigos trens fantasmas de parques de periferia, refletindo a ingenuidade da época, que permeia toda a história do personagem Boca de Ouro, símbolo da maldade. Flavia protagonizou montagens históricas de obras do dramaturgo como “Nelson 2 Rodrigues” (Álbum de Família e Toda Nudez Será Castigada) e “Paraíso Zona Norte” (Sete Gatinhos e A Falecida) com direção de Antunes Filho e “Perdoa-me por me Traíres” com direção de Marco Antonio Braz.
“Nelson é um mestre em desnudar a alma urbana. E para você encarar isso como artista, você tem que aceitar pular no abismo. Estou emocionada de ver um grupo de atores aceitar pular neste abismo comigo”, comenta Flavia. A atriz e diretora assina neste espetáculo pela primeira vez a direção de um texto rodriguiano.
A peça revela as muitas facetas de Boca de Ouro a partir dos relatos de sua ex-amante, a Dona Guigui, para um repórter. Temido assassino, o bicheiro se tornou mito suburbano e acaba de ser encontrado morto. O jornal “O Sol” e seu repórter Caveirinha saem em busca de uma história inédita de um crime bacana para seus leitores. Aproveitando para lavar a roupa suja, a narrativa de Dona Guigui dependerá de seus humores no decorrer da entrevista. Mas será que ela poderá revelar realmente quem foi Boca de Ouro?
Ao conhecer a maldade de Boca de Ouro, vamos conhecendo também as ambições que o cercam e terminamos a peça com uma nova maldade latente. Não mais a maldade pura e sem disfarces, mas a maldade que se veste de bondade e que extermina o outro em nome de suas convicções. “Boca de Ouro é mau por nós. Tudo se justifica uma vez que se estabelece quem é o vilão da história”, explica a diretora.
A montagem fez sua primeira apresentação no Rio de Janeiro em 2012, ano de comemorações do centenário do dramaturgo, e percorreu o interior paulista com espetáculos em Sorocaba, Franca, Marília, Araraquara, Santo André, São Bernardo e Osasco. No ano seguinte, a montagem realizou breve temporada no Teatro Aliança Francesa no centro de São Paulo.
Novidades no elenco
O Grupo Prole foi fundado em 2006 pelas atrizes e produtoras teatrais Bruna Aragão e Fernanda Assef. Boca de Ouro é o segundo espetáculo do coletivo que conta ainda com Lécio Rabello, Sílvia Garcia, Kelly Alonso Braga, Guilherme Martins e Thiago Barros. Para esta reestreia o grupo terá duas novidades no elenco: o ator brasiliense Vinicius Ferreira como Boca de Ouro e Paulo Maeda como o repórter Caveirinha. Vinicius é conhecido da plateia paulista pelos espetáculos Cru(2013) e Noctiluzes(2015) junto a Cia Plágio de Teatro. Em janeiro de 2010 recebeu o Prêmio de Melhor Ator no Festival Cine Cultura Viva como protagonista do curta-metragem Para pedir perdão (35mm), do diretor Iberê Carvalho, filme ganhador do Prêmio Coral de Melhor Curta de Ficção no Festival del nuevo cine latinoamericano em Havana/Cuba. Em 2011 atuou com os atores Isis Valverde e Antonio Calloni, no longa-metragem Faroeste Caboclo, de René Sampaio, inspirado na música homônima de Renato Russo. Em 2012, teve seu primeiro protagonista, em longas-metragens, no filme Uma dose violenta de qualquer coisa, do diretor Gustavo Galvão, com os atores Marat Descartes e Leonardo Medeiros. Recentemente atuou nos longas-metragens o último cine drive-in, de Iberê Carvalho, ao lado de Othon Bastos e Zecarlos Machado e A despedida, de Marcelo Galvão, junto à Nelson Xavier e Juliana Paes.Neste ano Vinicius recebeu o prêmio de melhor ator no 13º Festival de Cinema de Santos pelo curta Tempo é morfina, que recebeu ainda os prêmios de Melhor Filme de Ficção, Melhor Direção (Kamilli Semenov e Daniel Queija) e Melhor Atriz (Priscilla Maia).
Paulo Maeda é ator do coletivo paulistano Cia Bruta de Teatro que celebrou neste ano 10 anos de estrada com uma mostra de repertório. Paulo participou do elenco dos três espetáculos da mostra: “Fotossensível” - com texto assinado por ele em parceria com Mario Spatizziani (diretor da peça) e Taiguara Chagas - “Maquina de dar certo” e “Pequeno-Burgueses, Rapsódia em Duas Partes”. Nas duas últimas Paulo assina também a direção.
Serviço:
"Boca de Ouro"
de Nelson Rodrigues
Direção: Flavia Pucci
Elenco: Grupo Prole
Vinicius Ferreira, Kelly Alonso Braga, Bruna Aragão, Fernanda Assef, Lécio Rabello, Thiago Barros, Guilherme Martins, Paulo Maeda e Sílvia Garcia.
até 11 de dezembro, quintas e sextas, às 21h
no Espaço da Cia da Revista Alameda Nothmann, 1135 - Santa Cecília, São Paulo – SP
Tel: (11) 3791-5200
Entrada: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia)
Onde comprar: Bilheteria do teatro (estará aberta 3h antes do início do espetáculo).
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 90min
Capacidade: 80 lugares
Ar condicionado
Estacionamento em frente e ao lado
Próximo a Estação República do Metrô
Café e bar no lobby do teatro abertos a partir das 18h.
Sinopse: Temido assassino, Boca de Ouro se tornou mito suburbano e acaba de ser encontrado morto. O jornal “O Sol” está em busca de um crime bacana para estampar sua primeira página. O repórter Caveirinha entrevista Dona Guigui. Ex-amante do bicheiro, suas narrativas mudam de acordo com seus humores ao longo da conversa. Mas será que ela poderá revelar quem realmente foi Boca de Ouro?
Mais informações: feassef@hotmail.com












